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Foto: Reprodução/GloboNews
Terça-Feira | 23/02/2021
Variante brasileira do novo coronavírus é identificada em Uberlândia

"Ledo engano achar que ela [variante brasileira do coronavírus] já não chegou aqui em Uberlândia. Nós estamos a 100 km de Uberaba. Já chegou, explica as mortes de pessoas tão jovens, que antes não tinha", afirmou o assessor técnico da rede de urgência e emergência da Secretaria de Saúde de Uberlândia, Clauber Lourenço.

Ele e a secretária do Governo e Comunicação, Ana Paula Junqueira, realizaram uma transmissão ao vivo nas redes sociais, na tarde deste domingo (21), para falar sobre a situação da cidade no atual momento da pandemia de Covid-19.

No vídeo, a dupla cobrou mais contribuição do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) no tratamento de pacientes com Covid-19. Atualmente, a instituição tem 16 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para esse fim. Eles também falaram sobre a "situação dramática" que vive a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e as dificuldades de encontrar profissionais para contratação. A vacinação ainda foi abordada.

Sobre a cepa brasileira do vírus, Lourenço afirmou que ainda não há comprovação laboratorial de que a variante esteja circulando em Uberlândia. Contudo, pela proximidade com Uberaba, que recebeu 18 pacientes de Manaus, e pelo novo comportamento da doença em Uberlândia com ocorrências de mortes entre jovens com menos de 30 anos, ele acredida que a modificação do vírus já tenha chegado na cidade. Essa mutação da doença, chamada de P.1., foi identificada primeiro em Manaus.


"Antes, tinha característica de mortes entre idosos, raramente um mais jovem, com alguma comorbidade. Agora, temos mortes de pessoas extremamente jovens, com menos de 30 anos. Essa semana foram duas pessoas", explicou Clauber Lourenço.
Nesta semana, Uberlândia registrou duas mortes de paciente com menos de 30 anos: um jovem, de 21 anos, neste sábado e uma jovem, de 24 anos, na quinta-feira (18).

Conforme Lourenço, a comprovação por exames e mais demorada. "Só vai ter a comprovação fazendo tipagem de tudo isso, que é um processo mais moroso, mais lento. Então, a gente tem uma dificuldade de ter essa comprovação. Mas a gente já percebe que passou a ter maior mortalidade de pessoas jovens e isso deve se justificar na nova cepa. Até porque ela já está difundida para todos os lugares, praticamente todos os estados já têm notícias da nova cepa. E ela tem um poder muito maior de disseminação e também, aparentemente, uma mortalidade maior".

Fonte: G1