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Foto: Tânio Rego/Agência Brasil
Quinta-Feira | 28/01/2021
Pela 1ª vez, Minas Gerais não atinge meta de cobertura vacinal

Pela primeira vez, Minas Gerais não atingiu a meta de cobertura vacinal para crianças de zero a quatro anos de idade, no ano passado. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), todas as 18 vacinas ficaram abaixo da média de 90% a 95%.

A segunda dose da tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola fechou o ano com apenas 75% de cobertura. A pneumocócica 10 teve 79% de cobertura e a febre amarela 80%.

Segundo coordenadora estadual de imunização Josiane Gusmão, a queda nos índices de cobertura vacinal ocorre desde 2015, mas piorou no ano passado. Um dos motivos é a pandemia da covid-19.

"Com a pandemia, a recomendação é de que as pessoas fiquem em casa. Mas reforçamos que a vacinação é um serviço essencial que deve ser mantido e os pais ou responsáveis devem manter os cuidados de prevenção em relação à covid-19 e levar as crianças para vacinar. Outro fator que pode ter contribuído é a falsa impressão de que doenças que aconteciam antigamente hoje não existem mais. Isso é um erro e um grande risco", explica.

Ainda de acordo com Gusmão, Com a baixa adesão, há um risco real de retorno de algumas doenças graves, que não são registrados no Brasil há muito tempo, como a poliomielite, também chamada de paralisia infantil.

"Desde o ano de 2019 teve um alerta da Organização Mundial da Saúde do risco de reintrodução da poliomielite no Brasil. A poliomielite é uma doença grave e que deixa sequelas por toda a vida. Por isso isso é importante a manutenção do cartão de vacina atualizado para evitar que doenças que não circulam mais do Brasil volte a acometer as criança", alerta.

Fonte: Rádio Itatiaia