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A Fundação Ezequiel Dias (Funed) deve começar no primeiro semestre do ano que vem testes em humanos de um medicamento para tratar covid-19 que está em pesquisa na instituição. A fundação é ligada ao Governo de Minas e tem larga experiência na produção de remédios.
Nos próximos 40 dias os pesquisadores vão avaliar se cavalos que estão recebendo o vírus inativo da doença vão desenvolver anticorpos. Se sim, um soro vai ser retirado dos animais e vai trabalhar para os testes em humanos.
O chefe do Laboratório de Biotecnologia e Saúde da Funed e coordenador da pesquisa, Sérgio Caldas está animado com os resultados obtidos até agora. "Está tudo correndo conforme o esperado. O que temos que aguardar é se esses antígenos vão induzir a produção de anticorpos com boa capacidade de neutralização sobre o vírus", diz.
Caldas explique o que falta para começar os testes em humanos. "Vai depender dos resultados obtidos nos próximos 45 dias. Uma vez observada em laboratório a capacidade neutralizante desses anticorpos sobre o vírus, iremos então produzir 5 mil ampolas para os estudos clínicos e testes de estabilidade. Após esses estudos clínicos, previstos para serem realizados no primeiro semestre do ano que vem, tendo bons resultados e autorização da Anvisa, já teremos condições de produzir o soro em larga escala para a disponibilização da população".
Segundo o pesquisador, além da Funed, o Brasil tem outras instituições desenvolvendo o soro anti-covid-19, que são os institutos Vital Brazil, Butantan e o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Parana. "Cada um com metodologias diferentes, o que nos dá ainda mais otimismo para que tenhamos um ou vários soros para o tratamento da covid-19", reforça.
Ainda de acordo com ele, o soro será utilizado em pacientes hospitalizados com quadro sugestivo de agravamento e tem por objetivo impedir a multiplicação da covid-19 no organismo do paciente, ajudando na eliminação do vírus e evitando assim a evolução da doença para o óbito.
Fonte: Rádio Itatiaia