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Foto: Flaney Gonzalles/Divulgação
Quarta-Feira | 12/02/2020
Henrique e Juliano terão de pagar R$ 300 mil a família de funcionário morto

A dupla sertaneja Henrique e Juliano terão de pagar R$ 308,8 mil para a família do funcionário Carlos Barbosa de Souza, que morreu eletrocutado ao fazer a montagem de um palco, em fevereiro do ano passado. O incidente aconteceu em Uberaba (MG) antes do show, que acabou sendo cancelado.

Além da indenização por danos morais, os cantores vão ter que pagar uma pensão vitalícia de um salário mínimo para cada um dos pais da vítima. Um imóvel no valor de R$ 300 mil foi colocado como garantia até o pagamento da pensão. Já a indenização foi parcelada em seis vezes: a primeira de R$ 88 mil e as restantes de R$ 44 mil, com término em julho deste ano. Os R$ 308,8 mil serão divididos entre os pais e os oito irmãos da vítima.

O acordo foi definido em audiência hoje na 1ª Vara do Trabalho de Goiânia do 18º Tribunal Regional do Trabalho. A sessão foi presidida pelo juiz Édison Vaccari. Os cantores não compareceram, mas foram representados pela defesa.

O advogado da dupla e da WorkShow Produções Artísticas, Maurício Vieira de Carvalho, disse para o UOL que houve um acordo entre as duas partes "efetuado de maneira consensual entre os pais do Carlos e todos os seus irmãos". Segundo o defensor, o pagamento da indenização e da pensão vitalícia ocorreu com a anuência da dupla sertaneja. "A dupla Henrique e Juliano sempre tentou a composição, e o objetivo sempre foi preservar a família do mesmo! Enfim, foi uma solução amigável para ambos!".

Por último, Carvalho salientou que a dupla não teve "nenhuma culpa" no acidente que tirou a vida do funcionário. "(A dupla) se dispôs a tentar ao menos reparar possíveis danos financeiros existentes." A reportagem conseguiu confirmar que a família pediu inicialmente R$ 1,9 milhão de danos morais à dupla. A advogada Paula Ramos de Santis, que defende a família, observou ao UOL que o acordo vinha sendo trabalhado desde o ano passado.

"A família vinha muito aflita com a falta de solução em relação ao caso, aquele sentimento de desatenção, de falta de cuidado. O acordo que se fez hoje foi muito trabalhado. A família se deu por satisfeita, não queria manter litígio. É uma família muito humilde. O Carlos era um dos filhos provedores, e os pais ficaram desamparados com a perda dele."

Fonte: UOL