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Quinta-Feira | 27/06/2019
Dez são presos na região de Ribeirão Preto, SP, por suspeita de ataque a bancos em Frutal, MG

Oito pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (27) em Franca (SP), outra em Ribeirão Preto (SP) e mais uma em Pedregulho (SP) por suspeita de envolvimento em uma quadrilha que agiu na tentativa de roubo a agências bancárias em Frutal (MG), em novembro de 2018.

Batizada de "Fogo Amigo", a operação da Polícia Federal ainda cumpriu 17 mandados de busca e apreensão nos três municípios. Em nota, a PF informou que a sede do grupo criminoso estava localizada em Ribeirão e Franca, e foi responsável por outros ataques a bancos.

Entre os crimes atribuídos pela PF à quadrilha estão o ataque à empresa de transporte de valores Brinks, em Ribeirão, em 29 de outubro do ano passado, e o assalto a um carro-forte na Rodovia Abrão Assed (SP-333), em Cajuru (SP), nove dias depois.

A nota da PF informa ainda que a mesma quadrilha foi responsável por explosões em agências bancárias em Conceição das Alagoas (MG), Campina Verde (MG), Ibiá (MG), Tapira (MG), Alterosa (MG), Delfinópolis (MG), Cássia (MG), Capetinga (MG) e Claraval (MG).

"O êxito nas apurações e na identificação dos criminosos contou com a fundamental integração da Polícia Federal com a Polícia Civil e a Polícia Militar dos estados de Minas Gerais e São Paulo, por meio do intercâmbio de informações de inteligência e do trabalho de preservação de local de crime", diz o comunicado da PF.

O nome da operação faz referência a uma das ações, em que um dos criminosos foi atingido por um disparo feito por um comparsa. Ferido, o homem não conseguiu fugir do local do crime e acabou preso em flagrante, ainda segundo a PF.


Outras prisões
Em 24 de abril, três suspeitos de envolvimento no mesmo grupo criminoso foram presos em Jardinópolis (SP) e Guarulhos (SP) durante operação da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Na época, o Gaeco informou que cinco mandados de prisão foram expedidos pela Justiça. Além dos três presos, os outros alvos são: um homem que já estava preso e outra pessoa, cuja identidade não foi revelada, que é considerada foragida.

O Gaeco explicou também que os presos tinham ligação com o alto escalão de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Eles adquiriam bens em nomes de terceiros e administravam pontos de tráfico de drogas em Guarulhos.


Ataques
A empresa de transporte de valores Brink's foi alvo de uma quadrilha fortemente armada na madrugada de 29 de outubro do ano passado, no bairro Lagoinha, em Ribeirão. O tiroteio entre assaltantes e policiais militares durou cerca de duas horas.

Um suspeito de participar do ataque morreu baleado e outros três foram presos, sendo um deles ferido, encontrado em Serra Azul (SP). De acordo com a PM, o dinheiro não foi levado e nenhum policial militar se feriu na ação.

A quadrilha rendeu o frentista de um posto de combustível vizinho da empresa, que foi mantido refém durante toda a ação. Em seguida, os ladrões iniciaram as detonações, mas não conseguiram acessar o cofre da unidade.

Nove dias depois, um carro-forte foi atacado por uma quadrilha na Rodovia Abrão Assed, próximo a Cajuru. O veículo da Protege foi cercado por dez criminosos armados com fuzis e explodido. Segundo a PM, todos os malotes transportados foram levados pelo grupo.

Na madrugada seguinte, em 8 de novembro de 2018, ladrões trocaram tiros com a PM durante o furto de três agências bancárias em Frutal. Uma comerciante, de 42 anos, morreu baleada. Uma adolescente, de 17 anos, também foi atingida por bala perdida.

Dentro da agência do Banco do Brasil e de um dos veículos abandonados pelos criminosos foram encontrados vários explosivos. O Grupo Antibombas da Polícia Federal foi acionado e recolheu cerca de 45 quilos de dinamite.

No mesmo dia, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior (Deinter-3), João Osinski Junior, disse que a quadrilha que atacou os bancos em Frutal era a mesma que tentou roubar a unidade da Brink's.

Fonte: G1