ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
Sexta-Feira | 14/06/2019
Parcelamento de salários de servidores de MG não tem data para acabar

Mesmo com a expectativa de adesão ao regime de recuperação fiscal da União, o governo mineiro não tem ainda um horizonte para o fim dos parcelamentos dos salários dos servidores públicos e nem previsão para a recomposição das perdas inflacionárias para o funcionalismo.

Foi o que o secretário da Fazenda de Minas, Gustavo Barbosa, respondeu aos deputados estaduais em reunião para prestar contas nesta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa.

O titular da pasta afirmou que o objetivo da adesão ao regime de recuperação fiscal é voltar a pagar os salários em dia mas, depois de quase seis horas de questionamentos dos parlamentares, continuou sem definir em que momento isso ocorrerá. "Se o plano, debatido na Assembleia, for aprovado, aí sim quando isso acontecer a gente pode dar uma data. Antes disso eu não tenho como dar", afirmou.

Também questionado pelos parlamentares, ele confirmou que o estado avalia mudar a contribuição previdenciária.

"Hoje a Fazenda não tem como precisar quando poderemos voltar a pagar no 5º dia útil. A situação é caótica e o que a gente tem feito é tentar antecipar a previsibilidade de pagamento", afirmou Barbosa.

O secretário deixou claro que a lei complementar que define a adesão à recuperação fiscal não proíbe que os servidores tenham recomposição pelas perdas inflacionárias. Mesmo assim, afirmou que não há previsão para que isso ocorra nos próximos anos.

"A gente está tentando pagar o salário em dia. Talvez hoje seja mais primordial que isso aconteça. Assim como não tenho como dizer quando voltaremos a pagar no 5º dia útil não posso dizer quando teremos recomposição", disse respondendo à pergunta repetida insistentemente por vários parlamentares.

De acordo com o secretário, o estado tem hoje 77% da sua despesa gasta com pagamento de pessoal. No início da exposição em que colocou o ajuste fiscal como a principal estratégia do governo de Minas para recuperar as finanças, o secretário afirmou que o déficit previdenciário é o maior problema de Minas Gerais.

Fonte: Portal EM