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Foto: Estadão Conteúdo
Sexta-Feira | 01/02/2019
Bandidos aproveitam fragilidade de familiares de vítimas da tragédia para aplicar golpes

Além de lidar com a dor e a agústia, familiares das vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, têm mais uma preocupação: golpes. Desde a última sexta-feira (25), quando houve a tragédia, pessoas próximas e amigos das vítimas divulgaram, em redes sociais, fotos e contatos para que sejam fornecidas informações sobre as centenas de desaparecidos. No entanto, os dados tem sido usados para outros fins.

Adriano Caldeira de Amaral, de 42 anos, era funcionário da Vale e foi uma das vítimas que morreu. O corpo dele foi enterrado na última segunda-feira (28) no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte.

Nessa quinta-feira (31), familiares dele receberam uma ligação de alguém que se passava por irmão da vítima. "Essa pessoa disse que havia chegado dos Estados Unidos e que haviam sofrido um acidente. Ele perguntou se poderíamos encontrá-lo e ajudá-lo", contou Maria Luiza Dias, prima de Adriano.

"Eu não reconheci a voz ao telefone e passei para minha avó, que imediatamente reconheceu que não era a voz do meu primo. A ligação caiu e eles ligaram novamente para informar um telefone com DDD de outro estado. Meu primo viu que minha avó estava nervosa e ligou para o número. A pessoa já nem sabia com quem estava falando mais. Foi aí que a gente entendeu que eles iam pedir dinheiro. Meu primo desligou o telefone na hora e se preocupou em alertar outros familiares", explica.

Maria Luiza desbafa: "É um absurdo porque a cidade inteira está um luto generalizado. Brumadinho era uma cidade feliz e agora você caminha na rua e vê pessoas cabisbaixas, chorando. E a gente vê essa situação de pessoas sem caráter se aproveitando de uma situação com fragilidade. Isso gera uma indignação enorme".

Fonte: Rádio Itatiaia