O ano de 2018 foi positivo para a cultura do café, tendo registrado uma safra recorde de 56,8 milhões de sacas. De acordo com o relatório de projeções para o agronegócio brasileiro, realizado pelo Rabobank, além da boa colheita em quantidade, a qualidade da última safra do grão também foi bastante positiva.

"As exportações vêm apresentando um bom resultado apesar do fraco 1º semestre, que foi impactado pela greve dos caminhoneiros e por uma pressão vendedora menor - devido aos baixos preços em 2018. Com um segundo semestre aquecido, é esperado que sejam exportados aproximadamente 34 milhões de sacas em 2018", diz o texto.

Além disso, o relatório informa também que os estoques dos principais importadores continuam em patamares considerados confortáveis, sendo que, somados, os estoques de EUA, Japão e Europa aumentaram 4,8% em relação a dezembro/2017. Nesse cenário, é possível que esses números continuem aumentando.

"A tendência é de manutenção ou aumento dos estoques, uma vez que a oferta global para o atual ciclo seguirá sem maiores problemas. O superávit estimado para a safra 2018/19 é de 5,5 milhões de sacas, das quais 4,4milhões de saca s são do tipo arábica e 1,1 milhões de sacas do tipo robusta", indica o Rabobank.

Para o ano que vem, as estimativas do banco apontam para um aumento na produção de café em Uganda, devido a expansão da área, em contrapartida com uma redução na Índia, que foi motivada pelas enchentes que assolam o país. Além disso, a ocorrência do fenômeno natural El Niño pode acabar trazendo problemas para a Ásia e, dependendo da intensidade, também para a América Central.

Fonte: Agrolink