ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Quarta-Feira | 28/11/2018
Polícia prende suspeito de receptar celular de jovem morta após dar carona combinada por WhatsApp

Um dos suspeitos participar do crime contra a jovem Kelly Cadamuro, que foi morta depois de dar carona combinada em um grupo de WhatsApp, foi preso nesta quarta-feira (28) em São José do Rio Preto (SP). A jovem pegou uma carona em Rio Preto e iria para Itapagipe (MG).

Segundo a Polícia Militar, os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o suspeito Daniel Theodoro da Silva. De acordo com a polícia, ele foi o receptador do celular da jovem assassinada.

Ele foi encontrado no bairro Vila Sinibaldi, em Rio Preto, trabalhando em uma construção. Ao ser abordado, ele tentou se passar por outra pessoa, mas depois acabou confessando que era ele.

Há um mês, outro suspeito por ter cometido o mesmo crime, de receptar pertences da jovem, foi preso também em Rio Preto.


CONDENAÇÃO
Em setembro deste ano, Jonathan Pereira do Prado foi condenado a mais de 45 anos de prisão pela morte de Kelly em uma sentença proferida pelo juiz Gustavo Moreira.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o réu foi condenado por latrocínio, ocultação de cadáver, estupro e fraude processual. Serão 42 anos, 11 meses e sete dias de reclusão em regime fechado e a mais dois anos, 11 meses e sete dias em regime semiaberto.

Os outros dois envolvidos no crime - Daniel Theodoro da Silva e Wander Luís Cunha - acusados de receptar os objetos roubados da vítima tiveram a liberdade concedida pelo Judiciário.

No entanto, também em setembro, Wander foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão em regime fechado e a outros dois anos e oito meses de detenção no semiaberto. Já Daniel foi condenado a três anos, quatro meses e oito dias de prisão e estava foragido.


ENTENDA O CASO

Kelly Cadamuro era estudante de radiologia e desapareceu no dia 1º de novembro de 2017 depois de sair de São José do Rio Preto com destino a Itapagipe (MG), para encontrar com o namorado.

Os familiares da vítima relataram que ela participava de um grupo de carona no WhatsApp e tinha combinado de levar um casal para a cidade mineira. Mas, no momento da viagem, o suspeito Jonathan disse que a namorada desistiu e iria apenas ele.

O circuito de segurança de uma praça de pedágio registrou imagens da jovem passando pelo local dirigindo. Mais tarde, o carro retorna, mas é o homem quem aparece ao volante.

A polícia encontrou o carro de Kelly abandonado e sem as quatro rodas, o rádio e o estepe em uma estrada rural entre São José do Rio Preto e Mirassol (SP).

Dois dias após o fato, três suspeitos foram presos, entre eles Jonathan Pereira. Em depoimento à polícia, ele admitiu ter feito uso do aplicativo para armar o crime e que esperou chegar até um trecho sem movimento da rodovia para pedir que a motorista parasse o carro para ele urinar. A vítima estacionou e ele começou a dar socos no rosto dela.

Durante as investigações Jonathan contou que a vítima teve os braços amarrados por uma corda e foi arrastada. Segundo o delegado responsável pelo caso, ele premeditou crime.

O corpo da jovem foi encontrado em um córrego entre Itapagipe e Frutal, sem a calça e com a cabeça mergulhada na água. A declaração de óbito apontou que ela foi vítima de asfixia e estrangulamento.

Fonte: G1